SERIDÓ EM RISCO:Parelhas e Caicó entre as cidades com mais casos de dengue em 2014
Segundo Silvia Dinara, técnica responsável pelo Programa Estadual de Controle da Dengue da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap, de janeiro até o último dia 10 do corrente mês, o Rio Grande do Norte notificou 4.032 casos da doença e 11 óbitos suspeitos, em processo de investigação. Os municípios que mais apresentaram casos notificados de dengue em 2014 são Parelhas (749), Natal (538), Caicó (376) e Rafael Fernandes (350). Em comparação com o mesmo período em 2013, onde foram notificados 10.747 casos da doença e 8 óbitos, verifica-se uma diminuição no número dos casos suspeitos de dengue, no entanto, houve um aumento no número de óbitos suspeitos de dengue. A investigação destes óbitos pela equipe do Programa Estadual de Controle da Dengue vai originar um relatório, que visa identificar as causas destas mortes e será encaminhado para a Promotoria da Saúde.
Silvia Dinara ainda ressaltou que os períodos de chuvas e calor são uma combinação perfeita para proliferação do mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti. “Nesse período há um maior acúmulo de água parada em ralos, potes, vasos, calhas, pneus, garrafas e entulhos de construção e o tempo alternado entre sol e chuva é ideal para que o mosquito se reproduza", destaca.
A técnica ressaltou que é importante, nesse período, conferir e limpar ambientes que podem servir de criadouros. "De preferência semanalmente, pois o ciclo do mosquito, desde a fase do ovo até a forma adulta, é em média de seis dias”, disse. Ela também explica que além das condições ambientais favoráveis a proliferação do mosquito, o fluxo de pessoas de outras cidades e estados com grande incidência da doença facilitam a circulação do vírus da dengue. “A fêmea do mosquito pica uma pessoa com dengue.
De 8 a 12 dias é o tempo necessário para o vírus se reproduzir no organismo do Aedes aegypti. Após isso ela começa a transmitir a doença para outras pessoas. A dengue só passa de uma pessoa a outra através do mosquito infectado”, ressalta. Para identificar o mosquito é importante ficar atento a sua forma e hábitos. Ele é escuro e rajado de branco nas patas e corpo. Pode voar até três quilômetros em busca de locais para depositar seus ovos.
A fêmea do mosquito costuma se alimentar de sangue humano após o acasalamento para maturação dos ovos, o que ocorre principalmente durante o dia. A postura dos ovos ocorre nas paredes internas dos depósitos que servem de criadouros, próximo a superfície da água e podendo sobreviver até 1 ano e 2 meses, mesmo que o local fique seco. Se após esse tempo, o local receber água novamente, os ovos voltam a ficar ativos. “Por isso, o cuidado deve ser redobrado ao limpar os recipientes, os ovos devem ser destruídos, assim recomenda-se a lavagem e esfregaço dos recipientes, causando a destruição e impedindo a eclosão dos ovos”, pontuou Silvia Dinara.
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